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Roteiro LISBOA para uma ex-chefe

Nota introdutória

Esse pequeno roteiro refere-se à visão de um estudante/turista e tinha como  objetivo entreter uma ex-chefe que estava em visita à cidade (assim coloquei-a a pagar tudo o que fez comigo ..rs), mas servirá também a amigos que conheço e também que não conheço.
O roteiro que preparei é o tradicional. Ou seja, são as visitas aos monumentos que não podem ser desperdiçados. Os restaurantes que coloquei são os que visitei. Confesso logo que situam-se, em sua maioria, na região onde me instalei, qual seja próxima à rua Augusta, perto da praça do Comércio, zona histórica da cidade. Além disso, é também um roteiro de alguém que gosta de andar, de ver as pessoas, de sentir como são as pessoas nas ruas (coisa de psicólogo). Todavia, caso alguém queira me contratar para serviços mais profissionais ou de outras natureza, favor contactar-me tão logo seja possível.
Em primeiro lugar é necessário dizer que o povo português é um povo solícito, que gosta de ser ouvido e relativamente educado. Claro, como sempre digo, não tem a alegria e espontaneidade do povo brasileiro, mas certamente nos reconhecemos, e muito no povo português.
Lisboa é uma cidade que fica entre sete colinas e margeada pelo rio Tejo. Assim, as únicas partes planas da cidade situam-se próximas ao rio. Dessa forma, preparem-se para subir muitas ladeiras. Esse é o charme da cidade! Subir e descer as ladeiras da Alfama, do Bairro Alto etc e, de quebra, engrossar as pernas.
Outra coisa, pegar táxi para os pontos turísticos durante o dia até uma hora da manhã (hora que o metro, diz-se “métro”  e não “metrô”, como no Brasil) é uma grande besteira. O sistema público de transporte é bom, limpo, relativamente pontual (atrasos de, no máximo, quatro minutos do que está posto em cada paragem - e não parada, como no Brasil).
Quando vocês chegarem, comprem logo, na estação de metro, um cartão chamado zapping que dá direito a umas 12 ou 15 viagens de metro e/ou autocarro (ônibus, no Brasil). O sistema é integrado e o cartão custa 10 euros.  O cartão é individual.
Em Lisboa existem mais de 13 maneiras de fazer o bacalhau. Todas muito boas. A mais farta, no entanto, é a maneira “ao forno”. Postas grandes mesmo. O preço médio de uma refeição é em torno de 8 euros por pessoa sem vinho, e 10 euros com vinho.
Não fale “meia” querendo dizer “seis”. Os portugueses vão logo reconhecer que você é brasileiro e podem até fazer cara feia!! 
As palavras senhor e senhora devem ser usadas sempre, mesmo quando a pessoa é bem mais jovem (costumes portugueses). Confesso que é até engraçado um senhorzinho de cabeça branca tratando-me como senhor. Ah, se você der “trela “ para um idoso, espere, como resultado, uma conversa de, pelo menos, meia hora. Ele vai contar todas as suas dores e reclamar (ou elogiar) da vida, inclusive do Salazar (ditador português).
Bem, então se acham que essas características são suportáveis, sigamos para as surpresas lisboetas.

1º dia.
Manhã
Dar uma olhada no parque Eduardo VII. Ir até o seu final. Lá em cima vocês terão uma vista excelente de Lisboa. Com o verde contrastando e com o sol que provavelmente, vocês terão fica uma imagem linda.
Ainda perto do Parque atravessem a rua Alameda Cardeal Cerejeira e continuem andando. Aí vocês terão um lago pequeno e também uma cafetaria (e não cafeteria, como no Brasil) para poder já dar um descanso  Eu não sei a faixa etária do povo, então é melhor pensar em um descanso a cada meia hora. Enfim, dali vocês poderão avistar na parte de trás do café a loja El Corte Inglês, grande loja de produtos refinados.

  Caso ainda tenham fôlego desçam em direção ao El Corte Inglês na  Marquês Fronteira e deixem um pouco de euro para Portugal, afinal o país está numa grande crise. Sugiro também já almoçarem por ali.

Tarde
Bem próximo à loja, mais especificamente, descendo a rua principal Antônio Aguiar, vocês poderão visitar o Museu Calouste Gulbenkian. Aqui vocês poderão encontrar arte contemporânea rodeada por um lindo jardim e, por isso, um must em termos de museu. Essa visita deve durar perto de duas horas, caso resolvam visitar todas as exposições e andar com afinco pelo jardim.
Bem, como ainda deve ser perto de umas 4 horas da tarde e sabendo que vocês devem aproveitar ao máximo, sugiro que sigam em direção à Praça de Espanha que fica a noroeste da saída do Museu, desçam na estação praça de Espanha e sigam para a estação Terreiro do Paço (direção Santa Apolônia). Bem aí vocês sairão bem em cima do Rio Tejo e ao lado da Praça do Comércio. A praça traz o ar lisboeta ao máximo. Obrigação é tirar uma fotos bacanas da ponte 25 de abril (uma vermelha) e também dos prédios que por ali ficam. Dêem uma volta pela praça e caminhem em direção à rua Augusta. Essa rua é só de pedestres e estão localizadas algumas lojas legais como Zara, H&M, Springfield, etc. Essa rua é a principal rua pedonal de Lisboa. Vocês estarão aí na zona histórica da cidade. Muito bacana mesmo.
Caminhem em direção à praça do Rossio. Não esqueçam de observar o elevador Santa Justa (mas não subam hoje, pois amanhã tem roteiro com ele), um dos cartões postais da cidade. Uma praça cheia de histórias e um marco para a cidade. É aí que as principais manifestações de Lisboa ocorrem. Observem ao fundo o teatro D. Maria II. Se houver alguma peça ou espetáculo passando, vale a pena conferir. Ah, sentem na Pastelaria Suíça, ou mesmo na Confeitaria Nacional, duas referências nessa área em Lisboa. Ao lado da praça do Rossio tem a praça da Figueira. Quase a mesma coisa que a praça do Rossio.
Bem, se fizeram tudo desse jeito, já deve ser umas 5h30, 6 horas da tarde. Lembrem-se que o sol vai se por perto das 8h da noite (Lisboa está no horário de verão).
Sigam depois para o terminal do Rossio que fica numa das quinas da praça com o mesmo nome. Aí vocês poderão avistar também o Hard Rock Café de Lisboa. Vocês sairão na Avenida Liberdade, a Champs Elisées de Lisboa. Ou seja, onde vocês encontrarão lojas Gianni Versace, Dior, Louis Vuitton, Zegna etc. Se já não estiverem aguentando subir toda a avenida.
Noite
Bem, a noite lisboeta é bastante eclética. Tem para todos os gostos e bolsos. Eu, preferi conhecer a comida e o estilo realmente do jovem português. Não digo boite, mas a vida noturna da cidade.
Assim, um lugar de referência é a Cervejaria Trindade http://www.cervejariatrindade.pt/
Embora tenha o nome de uma cervejaria é na realidade um restaurante (coisa de português). Prefiram a unidade mais tradicional que é a do Chiado. Reservem com antecedência, porque depois das 9 da noite pode-se esperar muito pra conseguir mesa.
Bem se preferirem ir de táxi, tudo bem, mas se quiserem ir de metro, não se preocupem, é super seguro, vazio e bem perto do restaurante. Além disso, vocês sairão em cima do Bairro Alto, o bairro mais visitado por turistas na parte da noite em Lisboa.
Dessa segunda forma, desçam peguem o metro e desçam na estação Baixa-Chiado. Vão para  a saída da Rua Garret. Segundo alguns, um dos “metros quadrados” mais caros da Europa. Bem aí vocês sairão em cima do café A Brasileira, onde fica a estátua do Fernando Pessoa e também em frente da praça Luiz de Camões. Esse bar é muito tradicional. Batam suas fotos de turistas  com o Pessoa aí..heheheh. Bem, aí tem muitas coisas para serem conhecidas, mas como vocês vão ao restaurante e devem estar doidos pra experimentar o bacalhau português, sigam para a Rua da Misericórdia (uma subida na realidade) e na primeira a direita vocês entrem para a Rua da Nova Trindade. Em cima do restaurante! Comam bem, mas preparem o bolso…algo em torno de 20 a 30 euros por pessoa!
Bem depois do jantar. Se tiverem perna. Sugiro uma volta pelas ruas do Bairro Alto. Um bairro cheio de bares, casas pequenas de fado etc.
2º dia
Manhã
Conhecer Belém é um marco para o brasileiro. Bairro lindo é imperdível.
Para chegar lá, o jeito mais turistão é tomando o 15. Aí você me pergunta, o que é o 15? 15 é uma das linhas mais antigas de Lisboa. Centenária mesmo. Hoje é feita por bondes elétricos, mas há pouco anos era feita ainda por bondes normais…aqueles bem antigos. Como faço para pegar esse 15? Você vão tomar o metro em direção a Santa Apolônia, descer na estação Baixa Chiado e depois tomar outro pra estação Cais do Sodré.
Subam e esperam o famoso 15 para Algés, que fica do lado de Belém. Aí vocês encontrarão todos os turistões, como vocês. Não esqueçam de validar o ticket. Se o cobrador os pegarem sem terem validado o ticket (aquele zapping que disse a vocês) pagarão em torno de 200 euros por pessoa de multa (ou talvez até mais).
Quando avistarem o monumento do Descobridores, que fica em frente a uma linda praça, desçam. Andem em direção ao monumento que fica do lado do rio.  Batam também várias fotos aí e caminhem em direção à torre de Belém pelo calçadão do rio. Entrem na torre. É uma experiência bem interessante lembrar que dali partiram os descobridores do Brasil, ou também pensar que foi ali que começou a nossa história de corrupção e outras coisas mais.
Bem, quando vocês descerem da Torre já deve ser perto de 11 horas, meio-dia. Procurem um restaurante aí por perto. Eu não encontrei algum que me chamasse a atenção e por isso eu comi ao lado da Pastelaria de Belém, a famosa que serve o único pastel de Belém (por favor, fora daí os portugueses exigem que chamem aquele doce de pastel de nata, o único pastel de Belém é o vendido na pastelaria de Belém).
TARDE
Entrem, peçam os famosos pasteis, peçam os cafés e tirem as fotos de turistão.  Depois sigam para o lugar mais bacana de Belém: o mosteiro dos Jerônimos. Esse lugar, para mim, é o mais bacana de Lisboa. Explorem a igreja e também o mosteiro. Eu fiquei encantado com esse lugar centenário.
Bem, se vocês se interessarem por arte egípcia, aí do lado do Mosteiro tem o museu Nacional de Arqueologia. Um museu com peças bem raras e muito bonitas, mas se não quiserem, sigam para Centro Cultural de Belém, que é lindo por dentro e vale a pena a visita. Se não quiserem, tem mais roteiro para a tarde.

Se for perto das 5h da tarde. Tomem de volta o famoso 15 e desçam na Praça do Comércio. Se tiverem seguido o roteiro direitinho reconhecerão o local. Desçam aí e sigam para a praça da Figueira, onde vocês tomarão o ônibus 37 que os levarão para o Castelo de São Jorge. Escolham o final da tarde para ir porque vocês terão o por do sol e também o início das luzes da cidade. Cena e horário perfeitos. Explorem todo o castelo, o  museu que aí está, a vista de todos os cantos. Realmente imperdível.
O horário de fechamento do castelo é 9h da noite. Se vocês já tiverem exaustos e quiserem voltar pra casa, tomem o 37 de volta.
Mas se aguentarem mais, preparem-se pra descer as famosas ruas da Alfama, aí no caminho algumas coisinhas bem interessantes de souvenirs e lá já no final mesmo, já na Baixa, vocês encontrarão boas lojas para se comprar vinho português.

NOITE
Se quiserem continuar próximos ao Castelo de São Jorge, jantem num restaurante muito bom chamado Chapitô. Há dali uma vista incrível do Tejo e o restaurante tem uma arquitetura um pouco diferente.
Caso não queiram repetir a vista do Castelo, sigam para o Bairro Alto, principalmente na Rua das Gáveas, onde poderão encontrar alguns restaurantes pequenos e muito bons, como o El Gordo (+351 213424266), que é muito bom. Aí você tem uma mistura de comida portuguesa com espanhola (tapas).

3º dia
MANHÃ E TARDE
Até aqui vocês já conheceram os pontos top top de Lisboa. Vale então a pena, seguirem para Sintra, outra cidade próxima a Lisboa e que é patrimônio Mundial da Humanidade. Uma cidade linda, muito bacana mesmo! Aí vocês gastarão o dia todo.
As principais atrações turísticas da cidade são o Castelos dos Mouros e o Palácio da Pena.
Tomem o metro na Marquês de Pombal, desçam na Baixa-Chiado e tomem outro para a estação Rossio. Desçam e tomem o comboio (trem no português de Portugal). Comprem a passagem do comboio de ida e volta, mas não se esqueçam de validar o ticket (falo isso porque não tem ninguém pra te cobrar antes de você entrar no trem. Nem na ida e nem na volta).
A viagem de Lisboa para Sintra dura uns 40 minutos. Chegando à estação de Sintra, peçam o mapa da cidade (que aliás, não vai adiantar muita coisa, porque a parte boa da cidade fica no centro, perto da estação mesmo). Peguem o autocarro para castelo dos Mouros, aí vocês têm que pagar direto para o motorista. O autocarro tem uma subida íngreme pela frente! Deliciem-se com a vista e com a história maravilhosas desses dois pontos.
Depois de visitar os castelos sigam para o centro da cidade, ou vão também ao Palácio Nacional de Sintra. Aí perto tem uns restaurantes muito legais, pequenos e bem aconchegantes. Vale a pena conferir.  Dêem uma volta nas ruelas de Sintra. Uma coisa de cidade pequena européia mesmo. Vale a pena.
NOITE
Bem, se for essa uma noite de segunda-feira ou de quarta-feira, uma sugestão é ir ouvir um fado na Tasca do Chico, também no bairro Alto.
Mas vocês tiverem cansados de bairro Alto, vocês podem ver o que se passa na cidade no site http://www.ticketline.pt/  ou nas lojas FNAC espalhadas pela cidade.
4º dia
MANHÃ
Pra não se levar a impressão de que Lisboa é apenas uma cidade histórica. Vale a pena uma visita no Parque das Nações, a parte mais moderna da cidade. Para chegar lá tomem o metro na Marquês de Pombal, desçam na Baixa-Chiado, tomem um metro em direção à Telheiras, desçam na estação Alameda, e depois outro pra estação Oriente. É meio complicado, mas é bem tranquilo e seguro.
Desçam na estação em frente ao shopping Vasco da Gama. Atravessem pelo meio do shopping e sigam em direção ao Pavilhão das Nações. Enfim,  percam-se aí, pois a área é imensa e vale a pena tirar várias fotos. Uma coisa aí nessa área é imperdível: o oceanário, o segundo maior do mundo. Muito legal mesmo! Não percam dinheiro no teleférico. Um passeio super rápido e super caro, a não ser que queiram seguir para a outra ponta do bairro de maneira mais rápida. Só vale a vista mesmo, mas bem dispensável.
Almocem em um dos restaurantes que ficam próximos ao rio. Na realidade no lado esquerdo do shopping Vasco da Gama. Bem interessantes mesmo. Se vocês tomarem o teleférico fica bem ao pé da saída do teleférico (no sentido oceanário, torre Vasco da Gama).
TARDE
Agora eu tenho três sugestões:
  1. Seguir para a Baixa e fazer compras. Voltem para o metro e sigam para a estação Baixa-Chiado. Desçam aí e sigam para a saída da Rua do Crucifixo (o hostel onde estava era bem aí nessa rua. Chama-se Living Lounge Hostel), desçam para a rua do ouro e sigam para o elevador Santa Justa. Subam pelo elevador e sigam para a praça Luiz de Camões e se percam nessas ruelas. Aí existem boas lojas como Diesel, Levis etc com preços bem mais módicos que os praticados no Brasil.
  2. Seguir para o Cais do Sodré o conhecer o Elevador da Bica, patrimônio nacional. Aqui vocês descem na estação Cais do Sodré de metro e perguntem onde fica a rua da bica. Peguem o elevador e subam pela rua bem íngreme. Uma questão mesmo só de cultura, já que a rua não tem nada de especial. Depois de subir, sigam para o miradouro (mirante, no Brasil) Santa Catarina. Aí vocês terão uma vista belíssima da cidade. Desçam em direção à praça Luiz de Camões e se percam no Chiado.
  3. Seguir para a estação Santa Apolônia e depois para o Panteão e algumas igrejas. Aí perto tem a igreja da Estrela, onde existe um mirante com um café maravilhoso! Pra voltar tomem o 28 em direção a Martim Muniz.
NOITE
Sigam para algum restaurante situado próximo à estação Cais do Sodré, na realidade na Avenida 24 de Julho, zona noturna privilegiada da cidade.


Terminamos aqui nossos serviços. Caso, tenham reclamações ou sugestões de outros roteiros, por favor, escrevam-me.
Abraços

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