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Pessoas interessantes

Muitas vezes, sinto falta de pessoas que me atraem através de uma simples conversa. Aquelas que mudam nosso dia em fração de segundos.  Sinto falta das conversas leves e simples, perdendo até a noção do tempo de tão boa que está. Sinto falta de sentar em uma pracinha qualquer e conversar como se não houvesse amanhã. Por que se preocupar com selfies, Instagram? Deixa pra postar, responder depois. Permita-se atrair com uma gargalhada, daquelas que deixam gostinho de “conta novamente?.”  Pode contar suas alegrias, tristezas, faça-me rir, eu vou gostar muito. Mas por favor, guarde o celular. Celular a gente usa quando tá longe, precisa falar, é urgente hoje, mas hoje, pelo menos hoje, nós estaremos próximos. Não seja apenas corpo, seja alma também. Talvez assim possamos rir ao mesmo tempo. Rir como se ninguém estivesse olhando. Deixe que pensem que perdemos o juízo. Um pouquinho de loucura faz bem pra cabeça e pro coração.  Aliás, o coração também pede por pessoas espont
Postagens recentes

Neoliberalismo e o mundo de coxinhas, asinhas, petralhas, recatadas do lar, entre outros.

O ex-presidente Fernando Henrique ficou marcado pelo início (ou continuidade) do processo de privatização. Hoje, mais de duas décadas depois, mencionar esse processo pode não ter grandes impactos, principalmente entre os mais novos. Ainda que os ouvintes tivessem ouvido falar sobre privatização, modernização do Estado, neoliberalismo, muitos não se esforçariam para defini-los. O anonimato do processo neoliberal intensificado (tardiamente em relação aos EUA, Inglaterra, Chile) é um sintoma e também uma causa de seu poder. Mais recentemente essa ideologia esteve ligada a uma variedade de crises: a financeira de 2007/2008, a crise das offshores que culminou no que foi chamado de Panama Papers e, mais recentemente, a eleição de Donald Trump. A maioria de nós responde a essas crises como se elas emergissem isoladamente, aparentemente sem ter consciência que elas foram catalisadas ou exacerbadas pela mesma filosofia coerente. Tão persuasivo que o neoliberalismo se tornou que quase

Felicidade em seu tempo

Quem é feliz não conta, não espalha, não grita aos quatro cantos.  Quem é feliz, satisfaze-se por ser. E sabe que felicidade anda coladinha na inveja.  Quem é feliz não precisa provar nada, simplesmente é.  As pessoas felizes demais nunca me passaram confiança. Essa coisa de que a vida é uma festa e não existe nada errado, não me brilha aos olhos.  Feliz é quem conhece o lado ruim e o respeita. Feliz é quem já foi infeliz. Somente quem já foi infeliz pode entender que a tristeza traz um punhado muito bom de aprendizados.  O oba-oba de quem nunca se deixou entristecer não serve na minha vida. Felicidade não é sobre quem grita mais alto; é sobre quem sorri mais fundo.

Três momentos no sofrimento da liderança religiosa.

A crise que abate a igreja moderna do século XXI, como resultado de uma transformação sociopolítica em que está inserida, tem como promotores aspectos internos e externos a ela. Internos quando se torna lugar privilegiado de refúgio social, mas a isso muito pouco responde. Isso porque, além do aspecto espiritual, religioso, a igreja desde sua fundação é um lugar privilegiado de ajuda social e psicológica. São pessoas que buscam na igreja, em razão de um fosso de desamparo estatal, comunitário e familiar, formas de amenizarem o seu sofrimento e maximizarem o seu prazer. Essas pessoas são aqueles doentes para quem Jesus Cristo também morreu e comissionou a igreja para cuidar. Todavia, nesse ambiente interno múltiplo, salta o despreparo da liderança das igrejas que muito pouco sabe lidar de maneira eficaz e efetiva com esse conjunto de transformações internas. Esse despreparo, ainda que não visto por todos, acarreta para a própria liderança, mas principalmente para a igreja, mais